MAIS NO SALIPI

CAMPO MAIOR

Ai campos do verde plano

todo alagado de carnaúbas.

Ai planos dos tabuleirostão transforma

dos tão de repentenum vasto verde num plano

campo de flores e de babugem.

Ai rios breves preparados

de noite e nuvem. Ai rios breves

amanhecidos na várzea longa,

cabeças d'água do Surubim

no chão parado dos animais,

no chão das vacas e das ovelhas.

Ai campos de criar. Fazendas

de minha avó onde outrora

havia banhos de leite. Ai lendas

tramadas pelo inverno. Ai latifúndios.

NO SALIPI

AS CHUVAS

H. Dobal

Nas mãos do vento as chuvas amorosas

vinham cair nos campos de dezembro,

e de repente a vida rebentava

na força muda que as sementes guardam.

Nas ramas verdes rebentava a luz

e a doçura do tempo transformava

a terra e o gado na pastagem tenra,

na alegria dos rios renovados.

Cheiro de mato e de currais suspenso

no ar que os dedos do inverno vão tecendo

mais uma vez nos campos de dezembro.

E nos trovões a tarde acalentada,

cantigas de viver que a chuva traz

numa clara certeza repetida.

SALIPE

O SALIPE foi o maior sucesso, todos participaram, nas fotos Renata Pitta com sua belíssima voz, acompanhada do Geraldo Brito no violão.

Nos intervalos das musicas as pessoas participavam recitando poemas, Teresa Cristina, na foto, mostrou um pouco de seus versos, e aproveitou para prestigiar alguns poetas piauenses.

A BORBOLETA

Beija o sol dança

Entre os raios multicores

Vai e vem como uma folha ao vento

Vrá... Vrá... Vrá! Vou lá!

Murmura a borboleta- menina

Branca para no ar fascina

A flor... Então senta

Conversa toma caféOlá!

Que aroma delicado!Ensaia um novo gracejo

Já com as asas abertas...

Belo é teu olhar...

No ar!Hum! O sol já me queima

Não há como ficar...

Outro jardim pede por mim...

Plim... plim... plim! Ah!

Esse lugar é próprio a amar!

Que faço se só sei borboletear?

Beija as pétalas e sai a voar...

Octávio César e Albert Piauí

Octávio César e William Melo

Entrevista para o programa Sarau 16

Fotos: Elisângela Pegado

Alguns de seus poemas:

A borboleta

Beija o sol dança
Entre os raios multicores
Vai e vem como uma folha ao vento
Vrá... Vrá... Vrá! Vou lá!
Murmura a borboleta- menina
Branca para no ar fascina
A flor... Então senta
Conversa toma café
Olá! Que aroma delicado!
Ensaia um novo gracejo
Já com as asas abertas...
Belo é teu olhar... No ar!
Hum! O sol já me queima
Não há como ficar...
Outro jardim pede por mim...
Plim... plim... plim!
Ah! Esse lugar é próprio a amar!
Que faço se só sei borboletear?
Beija as pétalas e sai a voar...

Calcinha de renda azul

Lembras da calcinha de renda azul?
Eu te liguei e disse (:)
_ Só ela no corpo... A pedir... Tu... Tu...

Teresa Cristina

Fotos: Elisângela Pegado

Ao recitar seus poemas, ela vibra e interpreta cada um.

Um pouco de sua biografia

flordecaju (Cristina Cerqueira)

Teresa Cristina Cerqueira de Sousa nasceu em Piracuruca, a 14 de novembro de 1961. Estudou toda a vida em escolas públicas e é formada em Licenciatura Plena em Letras Português, pela universidade estadual do Piauí.

É educadora, lecionando Matemática no ensino fundamental e Português no ensino médio. Em seu trabalho prevalece o sabor de uma mulher que cedo descobriu que a leitura é o caminho do crescimento do ser humano. Quanto à sua poética, ocorrem temas voltados à natureza com destaque à fauna e flora do seu estado- Piauí. Ela pode, no entanto, ser classificada como uma mulher que vive o amor.

Os poemas: “Uma flor na caatinga” e “A borboleta” foram publicados na Antologia de Poetas Brasileiros- volumes 52 (janeiro- 2009) e 53 ( fevereiro- 2009) respectivamente; “Réquiem” na Antologia “ Os mais belos Poemas de Amor”, edição 2009 e o conto: “A menina do livro” em Contos Selecionados de Novos Autores Brasileiros- Edição Especial – fevereiro 2009.

Tem escrivaninha no Recanto das letras- Editora Virtual- com mais de 230 textos publicados entre contos, poemas, causos, prosa poética, crônicas, poetrix, haicais, orações, etc. Seu link de acesso é http://recantodasletras.uol.com.br/autores/flordecaju